Fornecedores são atraídos para rodadas de negócios com inscrições gratuitas. Capacitação de profissionais e executivos, gratuitas e pagas, também servem para despertar atenção do mercado para o setor mineral.
As empresas de mineração embarcam cada vez mais nos meios virtuais para dar andamento aos investimentos em novos e na expansão de projetos pelo país. Depois de incrementar as reuniões virtuais, chegou a hora de fechar negócios também online, com atração de fornecedores de forma gratuita para participar de rodadas de negócios e maior abertura para contatos pelas equipes de suprimentos das mineradoras. Essas companhias já anunciaram cerca de 70 projetos (leia mais à pág. seguinte), totalizando mais de US$ 37,1 bilhões, com a perspectiva de gerar mais de 60.000 empregos e movimentar cadeias produtivas formadas por várias centenas de empresas.
Recentemente, a primeira grande experiência coletiva do setor aconteceu no e-Mineração: Evento Virtual de Negócios, organizado pelo Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM) em julho. Pequenos e médios fornecedores, inclusive os que nunca tinham conseguido contato direto com as mineradoras, fecharam negócios diversos; alguns chegaram a cerca de meio milhão de reais, cifra significativa em tempos de pandemia para pequenas empresas.
Agora será a vez de turbinar mais negócios, até em escala internacional, na primeira edição virtual da EXPOSIBRAM – Expo & Congresso Brasileiro de Mineração, um dos eventos mais relevantes do setor na
América Latina, realizado há cerca de 40 anos. Mais uma vez, fornecedores e prestadores de serviços da indústria mineral poderão participar das rodadas com inscrição gratuita. O evento será realizado online a partir de Belém (PA), entre 24 e 26 de novembro.
No total, as mineradoras pretendem investir US$ 37,1 bilhões no Brasil até 2024, segundo o realizador da EXPOSIBRAM 2020, o IBRAM. Boa parte desse total será aplicado na contratação de serviços e na compra de produtos na EXPOSIBRAM, informa o Instituto.
As empresas inscritas nas rodadas passarão por pré-seleção pelas mineradoras inscritas na EXPOSIBRAM 2020. As selecionadas vão apresentar máquinas, equipamentos diversos e serviços em reuniões agendadas para salas virtuais. As que não forem escaladas poderão ter seus dados inscritos em catálogo virtual que ficará à disposição permanente para futuros contatos com as mineradoras. A inserção neste catálogo também é gratuita.
Além das rodadas de negócios, a EXPOSIBRAM 2020 oferece alternativas online para divulgação das empresas de diversos setores, além das próprias mineradoras. Consta da programação a tradicional feira internacional de negócios, com estandes virtuais e diversos recursos tecnológicos para favorecer a interação com os visitantes; agenda de palestras técnicas, espaço exclusivo para apresentações que as empresas podem contratar junto à organização; minicursos, mediante inscrição, para capacitar desde profissionais em geral quanto executivos.
A programação é completada por mais uma atração com acesso gratuito: o Congresso Brasileiro de Mineração, em que especialistas de várias partes do mundo debatem temas da atualidade, bem como as perspectivas do setor mineral no Brasil e nas demais nações.
Mineradoras na EXPOSIBRAM 2020
Diversas empresas estarão na EXPOSIBRAM 2020, entre as quais as que figuram como patrocinadoras do evento: Vale, Mosaic Fertilizantes, Anglo American, Kinross Paracatu, CMOC Brasil, Horizonte Minerals, Mineração Usiminas, Geobrugg e Serabi Gold.
Conheça alguns dos projetos de mineração para o Brasil
Do total de investimentos previstos para 2020-2024 (US$ 37,1 bilhões), o estado de Minas Gerais poderá receber a maior parcela até 2024: US$ 12,5 bilhões ou quase 34% do total Brasil. Em seguida vem o estado da Bahia que desponta com investimentos em mineração. Até 2024 deverá receber aportes de US$ 10,5 bilhões, ou 28% do total. O Pará poderá registrar investimentos de US$ 8,6 bilhões ou 23% do total.
Os projetos para minério de ferro correspondem a cerca de 40% dos investimentos totais. Bauxita e fertilizantes correspondem a 22% e 17% respectivamente. Outros importantes aportes serão feitos para cobre, ouro, níquel, nióbio e zinco, além de outras substâncias. Para o cobre, o setor registra investimentos agendados de US$ 595 milhões. E investimentos iniciados (ramp up) de US$ 1,5 bilhão.
O ouro tem estado em grande demanda e valorização. São investimentos de pelo menos US$ 1,6 bilhão. Os investimentos em projetos já iniciados são de menos de US$ 312 milhões. São mais de US$ 940 milhões programados.
Para o zinco haverá investimentos de pelo menos US$ 658 milhões, sem considerar o Projeto Pedra Cinza Mineração. Como grande parte do projeto que vem sendo desenvolvido, temos o Projeto Airipuanã, com investimentos de US$ 500 milhões. US$ 158 milhões estão relacionados a projetos programados.
Quanto à bauxita, serão investidos pelo menos US$ 8,1 bilhões. São projetos agendados. Existem dois projetos da CBA, sendo um deles de eliminação a seco de resíduos e outro projeto da Rio Tinto.
O minério de ferro é a principal commodity exportada pelo Brasil. No ano de 2019 foram exportados 341 milhões de toneladas, que geraram US$ 22 bilhões. De janeiro a setembro de 2020, as exportações brasileiras de ferro mineração chegarão a 249 mil toneladas, que vão gerar US$ 17,3 bilhões.
(Fonte: Assessoria de imprensa)
